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O que levou Julia Ormond a juntar-se ao elenco de “The Walking Dead: World Beyond”?

Julia Ormond foi a última confirmação no elenco da nova série original AMC“The Walking Dead: World Beyond”. O AMC conseguiu uma entrevista exclusiva com a atriz que irá interpretar o papel de Elizabeth nesta nova aventura, assim que se queres saber o que podes esperar desta nova estreia acompanha-nos nesta conversa, quem sabe não desvendamos algum segredo.  

P: O que a atraiu no projeto “The Walking Dead: World Beyond”?

R: Eu estava bastante viciada e acompanhei todas as temporadas de “The Walking Dead” e as cinco de ”Fear the Walking Dead” e fiquei completamente vidrada em todo o universo. O que realmente me atraiu a participar foi o excelente trabalho de guiões. Pareceu-me que realmente acertaram no tom. Pareceu-me que agora era mais oportuno – talvez ainda mais oportuno agora do que quando se lançou a série original. O nível de compromisso é realmente emocionante e é isso que constroi o êxito de uma série. Torna-o esperançoso e acolhedor. Estava realmente entusiasmada por juntar-me ao elenco.

P: Era fã do género pós-apocalíptico em geral?  

R: Creio que estamos a viver tempos loucos. Estamos perante um ponto de viragem que nunca antes tivemos que enfrentar. Temos a problemática das mudanças climáticas, desastres humanitários, quer seja o problema dos refugiados, imigração ou o tráfico humano. Todas estas técnicas de sobrevivência que vemos, quer seja através de uma personagem como o Negan que utiliza uma tácticas de criança-soldado fazendo com que as pessoas tornem decisões horríveis, isto é um exemplo de acção que acontece pelo mundo fora. Eu faço bastante trabalho nos tópicos de trafico e escravidão e muitas vezes é díficil que as pessoas conectem emocionalmente com algo que é tão assustador. E o universo “The Walking Dead” leva-nos até lá.

Personagens mais velhos como Travis de “Fear the Walking Dead” têm essa suposição de que alguém está a fazer algo em alguma parte e depois ouve-se no rádio “estamos todos lixados”, o que acontece é que as pessoas mudam. Nós vemos as pessoas irem por diferentes fases sobre a sua relação com os zombies. O zombie sente-se como uma vítima e um animal. Carrega o sentiment da pessoa que era e é um momento de dor para as pessoas que o vêem naquele estado. Vemos o que acontece à figura de autoridade, como as pessoas sobrevivem e que tipo de tácticas utilizam.

P: O que pode contar-nos sobre a sua personagem, Elizabeth? De onde retirou a inspiração quando criou a personagem?

R: Em “World Beyond”, a personagem que interpreto é a líder de uma sociedade formidável. É uma extensão dos outros mundos que já vimos, mas ela é outro tipo de líder na comunidade. Eu entrei num estado de pânico a nível interpretative porque já existem excelentes papeis de líderes. Andrew Lincoln, Lennie James… são personagens tão fortes que mostraram diferentes lados sobre os quais requer a minha responsabilidade. Eu acho que a minha personagem está mais na zona pragmática. Para mim, o pragmatismo que algumas personagens têm recaó sobre a devoção destas no future da raça humana, já nem falo do planeta. O planeta irá sobreviver mas é a raça humana que esta em risco.  Que papel assumes? Que tácticas decides seguir?

O que eu adoro em “World Beyond” é que começa com uma geração jovem e com pessoas que eram realmente pequenas quando tudo começou. Para eles é o como “OK, boomers. Vocês estragaram tudo, agora depende de nós salvar o mundo.” Definitivamente, é essa a vibe.

P: Com tantos jovens atores como companheiros, qual é o sentimento no set de gravações?

R: A máquina está definitivamente muito bem afinada, o ambiente é bom e relaxante. É realmente divertido. É sempre bom trabalhar com jovens. É cru e existe algo de cativante sobre isso que alimenta essa sensação. Há algo nas crianças e no seu futuro. Existe algo sobre ser pai nestas circunstâncias e existir dentro de limitações muito reais do que eles podem e não podem. É preciso dar uma dose realmente saudável de “tough love”, que muitas vezes pode parecer prejudicial para as pessoas que o experimentam. O tom é sempre de muita entre-ajuda e com algum humor.

P: O que mais espera enquanto nos preparamos para entrar num mundo totalmente novo?

R: Em geral, mais do que vemos em “The Walking Dead” seria fantástico! É uma nova oportunidade de continuar a aventura com novos personagens. Acho que é um êxito quando podemos começar uma nova versão da mesma aventura com novas pessoas. Achei que o Nick, de “Fear the Walking Dead”, foi uma personagem brilhante. Ele tinha esta estranha inocência não ameaçadora. A sua vida é tão caótica no mundo pré-apocalíptico que ele vê tudo de maneira diferente quando começa o caos.

Possui um conjunto de habilidades de uma maneira diferente. Estou muito animado de ver a forma como as pessoas vão responder a esse novo conjunto de jovens e o que elas trazem.

Intrigado com esta nova aventura? “The Walking Dead: World Beyond” estreia brevemente no AMC.

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